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- CVL(Coordenadoria dos Presídios do Vale e Litoral).
- Papelaria do Nonô
- Supermercados Leal do Vale
- Fundacao Cultural "Benedicto Siqueira e Silva".
-Primeira Escola de Congo São Benedito do Erê.
-Oficinas Culturais Regionais Altino Bondesan.
- Apoio do Projeto Hip Roça: PAC, Secretaria do Estado da Cultura, Governo do Estado de São Paulo e ZULU NATION BRASIL;
- CIA DE RETALHOS.
- MARACATU BAQUE DO VALE.
Secretaria de Cultura de Tremembé.
Apoio Institucional:
INSTITUTO H&H FAUSER.
MOVIMENTO PELA REVITALIZAÇÃO CULTURAL E RESTAURAÇÃO HISTÓRICA DA FONTE DA ÁGUA SANTA.
SOS Água Santa!
ÁGUA SANTA - Fonte em Movimento é um movimento independente que quer chamar atenção através da arte e da cultura para o valor cultural e histórico da Fonte da Água Santa, em Tremembé-SP, alertando a todos para a necessidade de restauração, recuperação e reavivamento do local - que este ano comemora 140 anos desde a instalação da primeira fonte, em 1869.
Agradecemos o apoio:
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Conhecendo um Pouco mais da História da Água Santa de Tremembé
ÁGUA - dos índios, do Bom Jesus, santa, milagrosa, ponto de encontro, curativa, centenária, poluída, abandona. Essas são palavras representativas da história de um lugar-Água Santa - espaço que compõe o imaginário coletivo da população mais antiga da cidade de Tremembé e daqueles que por ali passaram.
A Água Santa do Bom Jesus de Tremembé foi, no passado, conhecida como a Fonte dos Índios, pois nos arredores encontravam-se os índios Guaianase, da etnia Tupi Guarani, e dessa água usufruíam no seu cotidiano. Conta a história, lenda ou superstição que quando a imagem do Bom Jesus foi colocada na capela, hoje Santuário, a seus pés notaram os mais próximos que havia um ruído semelhante ao da água que corria. Que o local foi cavado e verificaram que, de fato, um fiozinho de água brotava aos pés da imagem e descia rumo aos baixos próximos. O povo tomou logo aquele fato como uma graça e denominou aquele fio d’água, de “Água Santa”1.
Com o tempo essa fama de água agraciada pelos poderes do Bom Jesus tomou maiores proporções e passou a movimentar muitos religiosos que em visita ao Santo padroeiro, iam até a fonte para se banhar e obter alguma graça. Até Dom Pedro II, imperador do Brasil, em outubro de 1886 passou pela fonte. Diante da afluência do povo em busca da famosa água da Vila, em 1869 foi construído o primeiro chafariz e quinze anos depois a segunda fonte estava construída. Esse lugar tornou-se também um ponto de encontro entre romeiros e teve, também, função econômica. Era comum encontrar a venda de água da fonte no lombo do burro pela Tremembé, num tempo em que água e esgoto não eram canalizados.
A água foi analisada, pois as notícias dos benefícios à saúde eram difundidos pela região. Um químico, em Paris, certificou que a água da fonte possuía propriedades medicinais que limpavam as toxinas dos rins. Ainda na cidade de Tremembé encontram-se pessoas que foram curadas pelos benefícios medicinais ou milagrosos da água.
Num passado nem tão distante, a Fonte da Água Santa era um lugar de lazer em que famílias faziam piquenique, gozavam a beleza do local, e jovens até nadavam após o jogo de futebol no campo do padre, quando, travessamente, não deixavam escorrer a água formando uma pequena piscina entre as duas fontes.
Esse passado está somente na memória, pois a realidade atual é bem diferente. Um tipo de progresso promoveu a depreciação dessa herança sociocultural e ambiental: Desde 1981 a água está totalmente poluída, e as bicas das fontes foram fechadas, porém suas águas poluídas continuam desaguando no Rio Paraíba do Sul, grande patrimônio ambiental da região do Vale do Paraíba. Hoje, o local está bastante abandonado, sem água potável, com poucos resquícios do que foi no passado. Houve algumas reformas, mas a boa água pra beber nunca foi recuperada. É provável que as crianças e jovens da comunidade nem conheçam a história que envolve o simpático lugar.
1. Água Santa de Tremembé, fev de 1964 em Conversando com a saudade... de Emílio Amadei Beringhs. P.113 e 114.
A Água Santa do Bom Jesus de Tremembé foi, no passado, conhecida como a Fonte dos Índios, pois nos arredores encontravam-se os índios Guaianase, da etnia Tupi Guarani, e dessa água usufruíam no seu cotidiano. Conta a história, lenda ou superstição que quando a imagem do Bom Jesus foi colocada na capela, hoje Santuário, a seus pés notaram os mais próximos que havia um ruído semelhante ao da água que corria. Que o local foi cavado e verificaram que, de fato, um fiozinho de água brotava aos pés da imagem e descia rumo aos baixos próximos. O povo tomou logo aquele fato como uma graça e denominou aquele fio d’água, de “Água Santa”1.
Com o tempo essa fama de água agraciada pelos poderes do Bom Jesus tomou maiores proporções e passou a movimentar muitos religiosos que em visita ao Santo padroeiro, iam até a fonte para se banhar e obter alguma graça. Até Dom Pedro II, imperador do Brasil, em outubro de 1886 passou pela fonte. Diante da afluência do povo em busca da famosa água da Vila, em 1869 foi construído o primeiro chafariz e quinze anos depois a segunda fonte estava construída. Esse lugar tornou-se também um ponto de encontro entre romeiros e teve, também, função econômica. Era comum encontrar a venda de água da fonte no lombo do burro pela Tremembé, num tempo em que água e esgoto não eram canalizados.
A água foi analisada, pois as notícias dos benefícios à saúde eram difundidos pela região. Um químico, em Paris, certificou que a água da fonte possuía propriedades medicinais que limpavam as toxinas dos rins. Ainda na cidade de Tremembé encontram-se pessoas que foram curadas pelos benefícios medicinais ou milagrosos da água.
Num passado nem tão distante, a Fonte da Água Santa era um lugar de lazer em que famílias faziam piquenique, gozavam a beleza do local, e jovens até nadavam após o jogo de futebol no campo do padre, quando, travessamente, não deixavam escorrer a água formando uma pequena piscina entre as duas fontes.
Esse passado está somente na memória, pois a realidade atual é bem diferente. Um tipo de progresso promoveu a depreciação dessa herança sociocultural e ambiental: Desde 1981 a água está totalmente poluída, e as bicas das fontes foram fechadas, porém suas águas poluídas continuam desaguando no Rio Paraíba do Sul, grande patrimônio ambiental da região do Vale do Paraíba. Hoje, o local está bastante abandonado, sem água potável, com poucos resquícios do que foi no passado. Houve algumas reformas, mas a boa água pra beber nunca foi recuperada. É provável que as crianças e jovens da comunidade nem conheçam a história que envolve o simpático lugar.
1. Água Santa de Tremembé, fev de 1964 em Conversando com a saudade... de Emílio Amadei Beringhs. P.113 e 114.
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